quinta-feira, 24 de maio de 2012

Causas da Infertilidade Masculina



O fator masculino na infertilidade conjugal é expressivo e deve ser examinado com muita atenção. Responsável isoladamente por 30% das causas de infertilidade e associado ao fator feminino em mais de 20%, o componente masculino vem mudando paradigmas.

Diversos fatores podem determinar a probabilidade dos espermatozóides de fertilizarem ou não, sendo necessário avaliar o volume seminal, o número de espermatozóides, a qualidade dos movimentos e os aspectos morfológicos, principalmente.

Embora seja necessário apenas um espermatozóide para que ocorra a fertilização, é importante a presença da enzima proveniente de muitos espermatozóides para que ocorra a rotura dos tecidos envoltos ao oócito, de forma natural, permitindo a penetração do espermatozóide no citoplasma do oócito. Diante disso, a principal causa de infertilidade masculina é a incapacidade de produzir espermatozóides saudáveis suficientes à fertilização. A azoospermia, caracterizada pela ausência completa de espermatozóides no sêmen e a oligozoospermia pela pouca produção de espermatozóides, ambas causam a infertilidade.

Azoosperma

Pode ocorrer devido a insuficiência testicular primária (defeitos genéticos, lesão física aos testículos),obstrução (doenças sexualmente transmissíveis que causam epididimite ou bloqueio do sistema ductal, caxumba na puberdade), vasectomia prévia (método contraceptivo) ou ainda, ausência de célulasgerminativas.

Oligozoosperma

Pode ocorrer devido a disfunções hormonais, obstrução (assim como azoospermia), efeitos colaterais de tratamentos com uso de determinadas drogas, fatores ambientais (tabagismo, consumo excessivo de álcool, banhos quentes ou saunas) e infecções.

Em alguns casos, os espermatozóides apresentam má formação ou tempo de vida após a ejaculação tão curto que não conseguem chegar ao oócito. As malformações dos espermatozóides podem ser causadas por algum bloqueio ou dano dos ductos espermáticos, normalmente decorrentes de doenças sexualmente transmissíveis, como a gonorréia. O desenvolvimento anormal dos testículos devido a desordem endócrina (hipogonadismo, doença hipotalâmico-hipofisária, anormalidades cromossômicas) produz espermatozóides defeituosos os quais terão influência direta na fertilidade.

Além das causas fisiológicas, outros fatores também podem ter influência na infertilidade masculina, como a ejaculação retrógrada, a varicocele, o câncer de testículo, os testículos que não desceram, o meio ambiente, impotência e preocupações associadas a idade.

Fragmentação do DNA

A importância da avaliação da fragmentação de DNA dos espermatozóides vem sendo cada vez mais discutida devido a recente descoberta da influência da mesma na infertilidade masculina. Através de técnicas específicas para sua avaliação (Túnel – por exemplo) é constatada grande influência da fragmentação de DNA com os altos índices de insucesso gestacional. O teste possui dados objetivos que mostram claramente que o espermatozóide morfologicamente normal e móvel pode apresentar níveis altos de fragmentação de DNA. O valor de corte estabelecido para sub-fertilidade é maior que 20% para o índice de fragmentação de DNA, embora valores acima deste não exclua a possibilidade de fertilização, desenvolvimento embrionário e gestação normal. A fragmentação de DNA pode decorrer de múltiplos fatores como dieta, uso de drogas, febre alta, poluição, fumo, temperatura testicular elevada e idade avançada. Através do uso de agentes anti-oxidantes (vitamina C e E) antes do início do tratamento de fertilização, o homem pode apresentar uma melhora quanto a diminuição do índice da fragmentação o que poderia ajudar no tratamento futuro do casal.

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